O que é BPA e como podemos evitá-lo?

Antes de iniciarmos, vale ressaltar que este artigo não cogita criar alarde e nem preocupações exacerbadas quanto à substância Bisfenol A. Em contraponto, estamos procurando, exclusivamente, informar, salientar e apontar ao leitor do que se trata tal material. Além disso, o porquê de buscarmos, sempre que possível, evitá-lo em busca de priorizarmos nossa saúde e integridade física, atitude que devemos priorizar sempre, a qualquer custo, em primeiro lugar.

O que é o bisfenol A?

O BPA, sigla para Bisfenol A é um composto orgânico sintético presente em plásticos e resinas (isso significa que o BPA é um material produzido pelo ser humano, não encontrado naturalmente). Embora aparente ser inofensivo, já que se trata de um componente usado em materiais culinários de uso doméstico, como garrafas, vasilhas, latas e até mesmo mamadeiras, o BPA é uma substância tóxica que funciona como desregulador endócrino em casos de contato com o corpo humano e pode ocasionar outros diversos riscos à nossa saúde, desde alterações hormonais, problemas de ordem hepática até má formação embrionária, no caso de mulheres grávidas.

A forma de contágio entre a substância e o ser humano se dá a partir do momento em que o recipiente de plástico ou epóxi é submetido a altas temperaturas. O Bisfenol A passa a ser liberado ali e faz com que a pessoa que consuma o conteúdo de dentro daquele recipiente acabe correndo o risco de ser contaminada, visto que o BPA já foi dissipado ao que foi aquecido dentro daquela embalagem. Uma vez dentro de nosso corpo, o BPA age desregulando o nosso sistema endócrino, além de também poder atingir outros sistemas, como o digestório e o reprodutor, diminuindo até a produção masculina de espermatozoides.

Controvérsias

Além disso, o BPA vem sendo alvo de pesquisa desde o ano de 2007 pelo conglomerado de centros de pesquisa americano National Institutes of Health. O estudo trata sobre sua possível interferência no desenvolvimento do sistema neurológico de crianças e recém-nascidos, depois que estudos primários questionaram a interferência do Bisfenol A em conexões cerebrais que afetavam células do cérebro vitais para a memória, aprendizagem e humor. Pesquisa conduzida no ano seguinte comprovou que seres humanos expostos ao BPA em condição neonatal podiam apresentar alterações em quadros de dismorfia sexual no futuro. Além disso, em exposição constante, o BPA pode apresentar agravamento em casos de problemas congênitos nos sistemas hepático e urinário.

Comercialização

No Brasil, liberou-se o contato de adultos com o BPA até um determinado valor. Este valor foi estipulado após análise de relatórios desenvolvidos e publicados pela Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Contudo, além dos riscos latentes à nossa integridade física, o Bisfenol A é um poluente de média complexidade ao ecossistema. Isto posto, demora um tempo considerável para se biodegradar, tanto em solo quanto em água. Contaminante emergente que demanda relativa preocupação, proporciona risco contínuo principalmente a plantas e animais de pequeno/médio porte, em sua maioria invertebrados e anfíbios, desencadeando determinada desestabilização da cadeia alimentar.

Em contrapartida, com comercialização proibida em países do norte global, como Estados Unidos, Canadá e União Europeia, o BPA só teve sua proibição no Brasil em 2011. E ela veio apenas para produtos cujo público-alvo são crianças em idades iniciais. Dessa forma, mesmo extremamente prejudicial à nossa saúde, as grandes indústrias e empresas focadas na produção de utensílios domésticos têm o aval necessário para seguirem fabricando materiais com Bisfenol A em sua composição. Embora com uso em declínio considerável, a comercialização de produtos com alta quantidade de BPA ainda é extremamente comum, além de barata para os fabricantes.

Reações ao BPA

As reações ao contágio com o BPA podem ser das mais variadas, sejam elas de alta ou baixa complexidade. Dentre elas, podemos salientar as seguintes:

  • Disfunção hormonal (déficit na produção de testosterona e estrógeno);
  • Diabetes;
  • Endometriose e fibromas interinos;
  • Precocidade sexual;
  • Doenças cardíacas;
  • Síndrome dos ovários policísticos;

Portanto, as soluções para priorizar a sua saúde e evitar um possível contato com o Bisfenol A são várias, algumas delas são:

  • Evitar produtos que contenham BPA, seja buscando pela etiqueta BPA Free ou Livre de BPA. Caso tais produtos não contenham tal etiqueta, pode ser que contem com o código de reciclagem 3 ou 7, ou seja, podendo conter Bisfenol A;
  • Evite submeter seus utensílios de plástico ao micro-ondas ou a situações de calor em geral. Dessa forma, o BPA se manifesta de forma bem mais controlada. Quanto menor a exposição ao calor, menor a taxa de lixiviação do produto;
  • Opte por materiais alternativos, como vidro, madeira ou aço inoxidável para o armazenamento de seus produtos;
  • Faça compras conscientes, opte por produtos especiais que, mesmo de plástico, sejam livres de BPA.

Fontes:

brasilescola.uol.com.br/quimica/bisfenol-ou-bpa.htm

ecycle.com.br/bpa/

nutritotal.com.br/pro/o-que-a-bisfenol-a-e-quais-sa-o-os-seus-riscos-para-a-saaode

tuasaude.com/bisfenol-a

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