Tomar café já é um hábito de muitos brasileiros e a pandemia aumentou o fanatismo pela bebida. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), houve um crescimento de 35% no consumo desde o início do isolamento social, no ano passado. Ainda assim, muitas pessoas usam apenas um método para preparar seu cafezinho a vida inteira e nem sabem que existem vários outros jeitos de se fazer a bebida. Por isso, entrevistamos a barista e professora da Bares SP, Bia Sobral, para falar sobre os diferentes métodos de preparo de café.
O café vai muito além de um estimulante para a rotina diária de trabalho. A bebida deve ser degustada, pois possui aroma e sabores próprios que, muitas vezes, só são exaltados com o preparo correto.
A água faz toda diferença
De acordo com a professora, o cuidado no preparo tem que começar antes da aplicação do método escolhido ou mesmo da escolha dos grãos, passando pela qualidade da água. Normalmente, no preparo tradicional, as pessoas deixam a água ferver por muito tempo e isso influencia no paladar.
“O café é fruta e toda fruta por si só tem um açúcar natural. O pó do café é bem minúsculo, por isso quando jogamos uma água muito quente, acima dos 100 graus, a gente tá queimando esses pequenos grânulos. Como ele tem um açúcar natural, eu estou queimando, na verdade, o açúcar desse pó de café, o que vai evidenciar as notas de amargor. Isso nos obriga a colocar açúcar ou adoçante.”
Bia diz ainda que se a água for filtrada o resultado será sempre melhor.
Método 1 – Coados
Há vários jeitos de se fazer café coado. O mais popular no Brasil é o que usa filtros de papel. Essa técnica, conhecida como método Melitta, consiste em colocar o café no filtro e, depois, ir despejando água quente.
Dica da barista: É importante escaldar o filtro antes de se colocar o pó, para evitar um possível gosto de papel da bebida.
Existe também o Hario v60, que é semelhante à técnica tradicional. Ele conta com uma abertura maior e ranhuras em forma de espiral, indicando o modo de se despejar a água no coador e resulta num café mais adocicado e com nuances.
O método Clever, consiste em deixar o café submerso na água por alguns minutos antes de coar.
Bia também conta sobre seu método preferido. Desenvolvido em Pernambuco, é chamado de método koar, onde é usado um filtro de cerâmica. Quando perguntada sobre o bom e velho filtro de pano, a barista respondeu:
“O filtro de pano traz uma memória afetiva. A gente lembra da avó passando um café, não tem problema nenhum, mas é bom sempre trocar quando estiver muito velho.”
Método 2 – Prensa
Também existem jeitos diferentes de se fazer café prensado. Um dos equipamentos mais usados por aqui é a prensa francesa. O utensílio não utiliza filtro de papel, e sim uma tela fina, onde a filtragem é feita por infusão e separação entre sólido e líquido.
Essa técnica extrai todo o sabor do café, pois conserva seus óleos essenciais, deixando-o suave e rico em características aromáticas.
>>confira video de prensa francesa
O Aeropress tem como diferencial a água quente em alta pressão, que força sua passagem pelos grãos moídos, deixando a bebida forte e com notas precisas. Muito comum nas cafeterias, esse é um método bem usado e pedido por quem quer um café expresso rápido.
Outra criação nacional, nasceu em Santa Catarina. A Pressca é uma cafeteira portátil, leve e térmica. Com esse tipo de preparo, o café infusionado preserva os óleos naturais, fazendo com que a doçura e a acidez sejam preservadas e ressaltadas.
Método 3 – Moka
“Para quem gosta de café forte, depois do expresso, que é um dos mais concentrados, a gente recomenda a mokinha.”
A Moka Italiana, tem como diferencial o preparo de um café mais concentrado. Basta adicionar água na base do equipamento até o nível da válvula de segurança. Quando a água aquece, ela entra em contato com o pó e ambos são impulsionados para a parte superior da cafeteira.
“Eu não sou muito fã, justamente por ferver a água, mas é bem conhecido no Brasil, muita gente tem em casa. É uma peça bonita e fácil de preparar. Ano passado fui fazer um curso na Itália e quis trazer muitos métodos de preparo de café. Em cada loja você encontra a mokinha, parece que é o único de lá. (risos)”, diz Bia Sobral.
Pontos cruciais no preparo do café
- granulometria* (de acordo com o método usado);
- temperatura da água (de 95 a 100°C);
- qualidade da água;
- escalde do filtro antes do uso.
Granulometria – um ponto importante é observar o tamanho dos grânulos de café. Cada método usado precisa de uma moagem específica, para que seja aproveitada ao máximo a qualidade do grão.
Para Bia Sobral saber mais sobre o café e se aprofundar no universo da bebida é quase uma obrigação de todos.
“Eu acho que o brasileiro tem que valorizar e conhecer o café, porque nós somos os maiores exportadores. É obrigação nossa conhecer essa fruta, que é apreciada mundo afora. Temos que consumir o café e ter um olhar diferente pra ele. Ele está presente, às vezes, o dia inteiro na nossa vida. É no café da manhã, é no trabalho…Tá estressado, sai ‘pra’ tomar um café.. Por isso eu acho superbacana o brasileiro conhecer essa fruta e começar a desvendar um universo muito rico.”
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